sexta-feira, 1 de abril de 2011

BARCH SPINOZA

O FILÓSOFO PLENO DE DEUS

 
            BARUCH SPINOZA, seu nome foi latinizado: Benedictus Espinosa, ou Bento, em português, que significa abençoado.
            Nasceu na Holanda, e viveu entre os anos de 1633 –1677, de descendência judia espanhola. Sua filosofia foi dominada pela idéia de Deus, porém de forma que desagradava os cristãos ortodoxos, que o acusavam de ateísmo. Sofreu injúrias, foi insultado por alguns intelectuais, e por outros, venerado. Era pleno de religião e de santo espírito. Ora bendito, ora maldito.   
     Com todas as injúrias sofridas, Espinosa era considerado o mais nobre e o mais amável de todos os grandes filósofos. Sua família foi da Espanha para Holanda, para escapar da Inquisição. Educado na cultura judaica, mas compreendeu que era impossível permanecer ortodoxo. Sofreu tentativa de assassinato pelos próprios judeus, e acabou expulso da sinagoga e amaldiçoado severamente. ....Que Deus não lhe perdoe nunca,  a ira e a cólera de Deus se inflamem contra esse homem, e que seu nome seja riscado do céu e que Deus, para seu mal, exclua-o de todas as tribos de Israel... Mas a maldição não venceu o homem pleno de Deus. Acreditar na maldição seria dar crédito à superstição. Para Espinosa, superstição é uma paixão negativa  nascida da imaginação impotente para conhecer as leis do universo, e  oscila entre o medo dos males e a esperança dos bens.       
      Ao contrário da maldição, viveu tranqüilamente com simplicidade, na profissão de polidor de cristais óticos (lunetas), que garantiu a sua sobrevivência. Aprendeu a consumir somente o estritamente necessário. Sempre com a saúde abalada e tudo fazia pela sua liberdade. Morreu jovem, aos 44 anos de idade, vitima pela tuberculose que sofreu durantes vinte anos.
     Espinosa considerava que Deus é única substância  que não precisa de outra para existir. Tudo mais que existe são atributos que dependem da Substância - Deus ou Natureza. Deus é um ente absolutamente infinito; Deus é tudo aquilo que existe – é a natureza num duplo sentido: de que todas as coisas procedem de Deus, e de que Deus é a origem de todas as coisas. Tudo é governado por uma necessidade lógica absoluta. Não há livre arbítrio na esfera mental, nem o acaso no mundo físico. Tudo que acontece é uma manifestação da natureza de Deus. Temos ai a dificuldade quanto à aceitação do pecado, uma vez que tudo é decretado por Deus. O mal só existe no ponto de vista das criaturas finitas. Deus não tem conhecimento do mal. Um homem livre é aquele libertado da tirania do medo.
       A filosofia de Espinosa é fundamentada nas seguintes perguntas:
 a) Em que espécie de Mundo vivemos?  B) Quem nos pôs nele?
 c)  Por que nos pôs Deus neste Mundo? 
        a) O Mundo é infinito, é eterno, não tem principio nem fim no tempo. A Terra, os planetas, as estrelas são grãozinhos de areia num obscuro cantinho do Universo. O Mundo nunca foi criado, nunca será destruído, eternamente é.
          b)  A resposta é – Deus. Quem é Deus? Deus para Espinosa, é o Mundo. Ele tudo penetra, é perpétuo e completo. Ele é. Cada um de nós é uma célula de Seu corpo, um pensamento do Seu espírito. Com a nossa inteligência limitada podemos compreender um segmento ínfimo dessa verdade. É como se olhássemos para o mar ou para o céu através de uma estreita fenda na parede de uma prisão.  Nossos limitados sentidos somente terão uma visão nebulosa de Deus. Deus está dentro de nós. O mundo visível é o corpo de Deus, e o pensamento que o contempla é a Sua inteligência; e a energia que o põe em movimento, é o Seu espírito. Deus é a substância, a idéia e o movimento infinito do Mundo – é  o Mundo. Concepção  Panteísmo (grego pan (o todo em tudo). Theo (Deus).
c)       Segundo Espinosa é que nascemos para sermos felizes. Mas o que é a felicidade?
É a presença do prazer e a ausência da dor. Cabe a nós procurar o prazer e evitar a dor, compreendendo as nossas limitações. Somos dentes de rodas numa máquina cósmica.    Ser feliz é amar a nós mesmos, que significa amar a humanidade. Amar a humanidade é amar a Deus. Essa é a razão pelo qual viemos ao Mundo. Nosso destino é maior do que supomos, e nossa presença na Terra é um estágio no último desenvolvimento. O Mundo é comparado a uma sinfonia, e cada um de nós, é uma nota. Tomada em si cada nota não é nada, mas como parte integrante da sinfonia, é tudo.
                                                                               X















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